03 março 2011

Uns olhos que vira (Frutos da mente)

Olhava ela, os pingos de chuva que demasiado confiantes vinham e arrebentavam-se no chão. Isso a fez lembrar dos olhos que vira.

Ela vira uns olhos que mostrava ao longo caminho; não se sabia para onde ia ou donde era; sabe-se só que este caminho atraía seus olhos. Tanto penetrava os seus olhos naqueles, que a escuridão cercou-a deveras.

Vira também uma expressão ao mesmo que tenra, dolorida. Teve ela compaixão.
Vira, que transluzia no rosto, os pulsares de um coração. Transparecia também que estes pulsares eram trépidos e insanos.
   
Sentiu ela a dor da compaixão e agora da humilhação.
Os olhos que vira, a inquietaram em profundo.
Tais foram os olhos que vira.
Ela viu os olhos de uma mulher no espelho.

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